domingo, 10 de maio de 2020

ESPIRITUALIDADE DA SAÚDE

Eu vim para que todos tenham vida. Que todos tenham vida plenamente (JO 10,10).

Hermógenes, professor de Hatha Yoga afirma: “a saúde está intimamente ligada a felicidade.

E a condição absoluta da felicidade está na união com Deus”.  Quem a realiza não estará sujeito a alternância de ventura e desventura.”.

Se nós estamos em sintonia com o criador, tudo é harmonia, paz, felicidade, saúde.  Enquanto houver sintonia entre o Eu e o Criador, viverei em paz, feliz, saudável.

É no corpo que experienciamos a vida, o sagrado, Deus em nós.   É no corpo que sofremos as consequências dos nossos erros.

Para Eduardo Bach: Todos nós temos dentro de nós toda a perfeição. A nossa alma sabe tudo o que nós precisamos fazer para realizar as coisas certas.  E todas as doenças são causadas por conflitos entre a nossa personalidade e a nossa verdadeira natureza espiritual (Eu superior).

A doença é o desequilíbrio entre o nosso ser e o plano do criador sobre nós.  A diferença que há entre o comportamento que eu sei que é certo e o comportamento que eu  faço, essa diferença é que origina a doença.

A doença é o resultado de Conflitos entre aquilo que eu faço versus aquilo que sou chamado a fazer (aquilo que é a verdade mais profunda de Deus em mim; a expressão do Deus que me habita; aquilo que eu sou chamado/a a ser).

A DOENÇA ACONTECE QUANDO:
·    A criatura se separa do criador;
·    Saímos fora do caminho que o criador traçou para nós; 
·    Eu não sigo o chamado mais profundo de Deus sobre mim mesmo/a.

Toda doença física tem uma causa emocional. Se abolirmos apenas o sintoma físico, a doença pode voltar com  mais intensidade.  A pessoa que possui desamor por si própria, baixa estima, frustrações, insatisfação para a qual ela não acha solução, a doença virá como uma forma de escape.  A pessoa incapaz de resolver de forma satisfatória os seus conflitos, tais conflitos irão desaguar no corpo num processo de somatização (alteração física decorrente de sofrimentos psíquicos).

Em regra, as pessoas adoecem porque tem necessidade de adoecer.  A doença para muitos é uma necessidade que o indivíduo tem e é uma opção de vida embora inconsciente.  O tipo de doença com que cada um adoece está ligado à confluência de diversos fatores, mas principalmente aos seus conflitos interiores e a sua forma de lidar com eles, isto é, os mecanismos de defesa de que a pessoa lança mão.

A doença, muitas vezes, é um mecanismo que a pessoa cria para sua defesa, sua autoproteção, para conseguir afeto, compensar uma perda ou frustração, compensar a falta de realização pessoal, manter o controle das coisas ou para não enfrentar a verdade sobre si mesma.

Ø  A doença é uma válvula de escape para fugir dos conflitos internos que a pessoa não consegue resolver, ou melhor, não consegue ver.
Ø  A pessoa adoece por incapacidade de exprimir, exteriorizar o seu sofrimento, de forma adequada.  Adoecendo ela será compreendida e receberá apoio.
Ø  Outros adoecem para adquirir as vantagens que a doença traz consigo.  Ao adoecer a pessoa regride, volta as ser criança passando a ser objeto de afeições e carinho especiais.  A doença é uma boa chance de ter um repouso gostoso na cama.
Ø  A pessoa doente fica isenta de responsabilidades sociais normais. Pode não precisar ganhar o seu sustento, não precisar trabalhar e ainda recebe a indulgência social.

É muito importante o “como a pessoa lida com as suas perdas e frustrações”, tantos as grandes, como as micro perdas cotidianas.  As perdas e frustrações representam sempre, embora com intensidade variável, uma sobrecarga para a pessoa.

Se essa sobrecarga atinge uma pessoa enfraquecida, que não se preza, sem consistência interior, o resultado, com o tempo, será a doença psíquica e orgânica.  Isso se a pessoa não tiver forças para redirecionar e redimensionar a sua vida.

A doença é um aviso da nossa alma de que estamos no caminho errado e, que precisamos mudar para um caminho de perfeição, no amor. Toda doença pede uma mudança.  Se corrigíssemos  os erros que cometemos, não passaríamos pela lição da dor, não adoeceremos.  A doença deve fazer nos voltar ao criador.

O conflito, o sofrimento, a doença, indica que estamos impedindo o nascimento de um novo ser, mais pleno, que pulsa dentro de nos.   A doença alerta que o  homem velho em nós precisa morrer para a ressurreição de um homem novo, transfigurado (Eu), mais parecido com Jesus Cristo. Quando mais resistirmos ao nascimento deste novo eu, amoroso e pleno, mais acentuaremos o sofrimento e a dor.

A cura exige conversão. A pessoa é o agente de sua própria cura. A pessoa precisa querer curar-se. Precisa mudar os hábitos errados de vida que trazem as doenças. Precisa caminhar para a plenitude da vida.  Só a pessoa pode curar-se libertando suas energias interiores e profundas:
  • Para o dinamismo da vida;
  • Para a força amorosa do Deus amor (princípio da harmonia universal) que nos habita e nos conduz;
  • Para a nossa imagem e semelhança com Deus.
  • Para o Espírito que nos aquece, nos ilumina e nos dinamiza;
  • Para o Cristo que é em nós e nos conduz para a plenitude humana e divina.

Assumir o compromisso com a cura, com a saúde é dizer um profundo SIM a DEUS, à vida, abrindo o mais profundo do seu coração numa conexão amorosa com Deus, com os seres humanos, com toda criação, desatando assim os nós que geram as doenças.

Só a pessoa pode liberar o seu interior para gozar de plena saúde e paz. O que deve ser curado é a nossa alma. É a nossa própria vida.   Somente assim poderemos dar o nosso profundo Sim à vida, à Deus, ao amor. 

Até que Cristo se forme em nós.  Em mim, em tí, em nós.

Viva a nossa integração com o criador, com toda criação,  com todas as criaturas! 
Viva a harmonia!  Viva a vida! Viva a saúde!
“Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham com abundância”. (João 10,10)




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