terça-feira, 16 de junho de 2020

A CURA PELAS ERVAS

      "O Senhor criou os remédios na terra e o homem sensato não o desprezará."
(Eclo 38,4)

Povos de todos os tempos e civilizações desenvolveram a cultura das plantas para a alimentação e a cura da saúde. O conhecimento das plantas, de geração em geração, foi sendo aprofundado e diversificado. E mesmo algo se perdendo, a essência deste saber chegou ate nós.
Nossos antepassados foram os primeiros cientistas ao observarem a natureza e formularem soluções para a sua sobrevivência. Encontraram nas plantas o alimento e a cura de enfermidades. As ervas sempre acompanharam a história do homem. Até o início do século XX a botânica era uma disciplina obrigatória na medicina. Com o progresso da química, os remédios passaram a ser produzidos em laboratórios, declinando o saber sobre as plantas medicinais. Atualmente está retornando a credibilidade das plantas medicinais.
Ignorar a riqueza deste conhecimento não contribui para a nossa civilização. O problema não é “não saber”; É “não querer saber” e a ignorância se transforma em tragédia.
O tratamento com plantas medicinais é conhecido como “fitoterapia”. É uma palavra grega. “Terapia” significa tratamento, cura e “fito” significa planta, erva ou vegetal. Logo, fitoterapia e a cura pelas plantas ou cura pelas ervas.


COMO CURAR-SE E MANTER A SAÚDE COM A AJUDA DAS ERVAS MEDICINAIS

O essencial para curar–se é fazer uma boa limpeza do organismo e levantar as defesas através de chás com ervas medicinais e de correção alimentar.
       Pode se naturalmente e com eficácia curar as pessoas e manter a saúde com as ervas, correção alimentar e terapias naturais. Em todas as partes do mundo tem plantas boas para curar todas as doenças. Deus, em sua providência, coloca a nossa volta os recursos que necessitamos para nos manter saudáveis.
       Conhecendo bem as ervas medicinais e as terapias naturais e, sabendo usá-las adequadamente, poderemos recuperar e manter a nossa saúde física, emocional e espiritual.
     Com um profundo conhecimento das ervas medicinais poderemos nos prevenir contra graves doenças, fortalecer a nossa saúde, prolongar a nossa vida e viver mais feliz. 
Pode se usar folhas, cascas, raízes. É preferível usar as folhas das árvores para facilitar a sua reprodução. No conjunto das folhas teremos o suficiente para a cura completa do nosso corpo.
          Plantas medicinais são fontes de esperança, saúde e vida.


RACIOCÍNIO FITOCLÍNICO

A saúde tem como fatores determinantes: a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, os relacionamentos, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais.
Os níveis de saúde da população expressam o grau de desenvolvimento de um país; expressam a organização social, econômica, política e cultural do país. 
A doença tem uma pluricausalidade, mas podemos resumir como causa principal  os nossos hábitos de vida - hábitos errados produz a vulnerabilidade do organismo predispondo-o a inúmeras doenças.
Compreendendo que a saúde possui condicionantes econômicos, sociais, emocionais, dentre outros, temos que avaliar o momento atual do paciente com o ambiente no qual ele está inserido (familiar, emocional, profissional, hábitos de vida).
Ao se conhecer a totalidade sintomática do paciente, é possível ampliar nossos limites terapêuticos. Vejamos um caso de úlcera de estômago, que pode ser tratada com espinheira Santa. Se não forem reparados seus hábitos (tabagismo, dieta inadequada, excesso de bebidas alcoólicas, estados emocionais, entre outros); consideradas suas ansiedades, angústias, medos, inseguranças, levando apenas em conta sua dor de estômago, os resultados serão pequenos e passageiros. Não haverá uma cura real. Os sintomas poderão desaparecer, trazendo um alívio temporário, mas depois retornarão da mesma forma ou mascarados, diferentes.
Ao considerarmos as emoções do paciente, sua maneira de viver, podemos usar outras plantas medicinais que atuem como coadjuvantes no tratamento.
Primeiro é necessário conhecer bem a doença a ser tratada. Segundo, é necessário conhecer bem a história de vida do paciente.
Não existem pacotes ou receitas prontas de plantas medicinais para cada sintoma ou doença.
Exemplificando: ao se propor tratar um paciente diabético consideramos não apenas as plantas que atuam como hipoglicemiante, mas também a maneira de ser deste indivíduo: sua alimentação, suas angústias, seu sofrer emocional bem como as complicações que esta patologia acarreta (por exemplo, manifestações circulatórias). É consenso que o estresse psíquico é hiperglicemiante.
Desta forma busca se associar uma planta hipoglicemiante, outra que ative a circulação sanguínea e melhore o sono.
O paciente não tem apenas uma doença. Há várias causas que interagem e promovem o seu adoecer.
O raciocínio fitoclínico parte do conhecimento básico da doença e das causas que desencadearam a doença. Seleciona-se o agente fitoterápico a partir do entendimento dos vários fatores que levaram o paciente a adoecer. Faz-se a escolha das plantas que atuam na patologia em questão, considerando sua atividade medicamentosa e sua atuação no paciente (causas, manifestações sintomáticas e a doença instalada).


Raciocínio fitoclínico da asma:

1.  Identificar e afastar agentes que podem causar a doença (bolor, poeira, pelos de animais, fumaça de cigarros).
2.   Melhorar a resistência do organismo (empregar plantas que aumentam a resistência do organismo. São chamadas de adaptógenas).
3.  Atuar na patologia (doença em si) promovendo a drenagem do catarro acumulado (expectoração).
4.  Fortalecer o emocional. É consenso que a ansiedade, em graus variados, está presente nas pessoas asmáticas. Utilizar plantas que tenham princípios ativos ansiolíticos.

Devemos orientar a terapia de forma individualizada: avaliar idade, peso, sensibilidade, seu ritmo de vida, suas relações e o ritmo da doença.  Devemos considerar a interação medicamentosa entre a fitoterapia e os remédios alopáticos e, seus possíveis efeitos colaterais.
As plantas adaptógenas possuem propriedades que melhoram a nossa saúde e a capacidade de adaptação a situações extremas de stress, seja emocional, físico ou químico (muito calor, muito frio, muito stress mental, muito stress físico). Elas fortalecem as defesas do organismo, melhoram o funcionamento do cérebro e ainda dão energia extra para amenizar situações como fadiga extrema ou ansiedade.   Cuidado: Existem certas doenças que não podem com estas plantas.  

O item Raciocínio Clínico aqui apresentado é extraído do trabalho dos professores de pós graduação em fitoterapia: Carlos Roberto Dias Brunini e Adauto Luiz dos Santos.

Que teu alimento seja teu remédio e teu remédio seja teu alimento.
(Hipócrates – 460-377 a.C)

“Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham com abundância”.  (João 10,10)



HERBÁRIO MEDICINAL

Considerando que muitas vezes as ervas medicinais estão com preços altos, qualidade ruim ou em falta no mercado, é mais seguro que as pessoas tenham a sua própria horta de ervas medicinais e que conservem uma farmácia com ervas secas em casa. Além de garantir qualidade, preço baixo, há o empoderamento das pessoas no resgate do conhecimento das ervas, de como lidar com elas e no cuidado com a própria saúde, num trabalho preventivo e curativo.
        Hoje está se tornando comum as hortas comunitárias de ervas medicinais e de verduras e legumes para alimentação.
        Para se instalar um herbário medicinal deve se escolher o local onde incida pelo menos cinco horas de sol durante todo o ano. O local deve ser bem drenado e protegido de ventos e frios fortes para que as plantas cresçam com vigor.
É necessário montar uma equipe de horta com ajuda de pessoas que tenham tradição no trabalho com a terra, experiência de plantio, conhecimento em ervas medicinais, amor e zelo por este serviço.



COMO LIDAR COM A ERVAS E FAZER OS CHÁS

COLETA E SECAGEM DAS ERVAS

            Primeiro temos que identificar as plantas. Temos também que saber as propriedades das plantas, suas indicações e qual parte da planta é mais indicada para tratamentos específicos.  A partir dai poderemos coletar raízes, cascas, sementes, flores ou folhas. Tudo precisa estar em bom estado. As melhores folhas são as adultas e verdes. A madeira, a casca e as raízes podem ser colhidas em qualquer época, mas de preferência fora do tempo de crescimento.
            Usamos preferivelmente as folhas das árvore, uma vez que elas se reproduzem facilmente, enquanto que a raiz é a vida das árvores e as cascas são a sua pele.

Para colher as plantas e ervas é preciso observar o seguinte:

1.  Colher antes do sol esquentar, sem sereno e nem molhadas de chuva.
2. Não colher em local poluído, em beira de estradas ou atingidas por tratamentos de agrotóxicos.
3.   Colher somente as ervas sadias, com boa aparência, sem nenhum sinal de fungo ou doenças.
4.  É bom colher no início da floração, época em que as plantas possuem mais princípios ativos.
5. As plantas limpas podem ser diretamente cortadas bem fininhas com tesoura e colocadas para secar em bandejas de papelão que a gente monta com caixas vazias de supermercados.
6. As plantas empoeiradas podem ser passadas em uma ligeira água, em baixo da torneira, para tirar o pó.  pendurá-las no varal para escorrer e depois fazer o mesmo processo: cortar fininho e colocar para secar.
7. Secar as plantas, em bandejas de papelão, na sombra, em lugar bem arejado e seco.
8.   As ervas secas devem ficar bem verdinhas e bem crocantes como palha de milho seca.


ARMAZENAGEM DAS ERVAS

As ervas em maiores quantidades devem ser rotuladas com o nome, a data de preparo, o prazo de validade e colocadas em um saco de plástico.
Menores quantidades de ervas podem ser colocados em potes de vidro ou plástico, também rotulados com o nome, data de preparo e validade.
Deve se fazer pequenas embalagens, em saquinhos médios de pipoca, com quantidades suficiente de ervas para a pessoa tomar durante 15 dias.
As ervas devem ser guardadas em lugar muito limpo, seco, fresco, longe da luz e do calor excessivo.

COMO ESCOLHER AS ERVAS CORRETAS PARA O CHÁ?

É fundamental saber escolher as ervas que o organismo está precisando no momento. As ervas são selecionadas a partir das necessidades da pessoa avaliada. Quando a pessoa não se sente muito bem e não tem certeza das ervas exatas para o seu organismo pode se escolher três plantas: uma antibiótica, uma diurética e uma amarga.
Para fazer o chá podemos usar plantas verdes ou secas. Existem plantas que só podem ser usadas secas (ex: embaúba, abacate, bananeira) para diminuir a sua toxidade.
A raiz, a casca, a flor e a semente são mais fortes do que as folhas, portanto devem ser usadas em menor quantidade.


FAZENDO O CHÁ:
  • Usamos uma pitada de cada erva selecionada, para um litro de chá. Se a erva for seca, esta porção será menor, pois a planta seca é mais concentrada. 
  • Se formos fazer meio litro de chá ou uma xícara, a porcentagem de ervas será diminuída de acordo com a porcentagem de água. Para criança a porcentagem será ainda menor.
  • Plantas mais fortes usam se doses menores (como é o caso da arruda, tetraciclina e outras).
  • Partimos do princípio que é o mínimo que cura e não a quantidade.
  • Numa vasilha esmaltada ou de vidro, ferve se primeiro: cascas, raízes, caules, cipós, partes mais duras das plantas, por 3 a 5 minutos.
  • Depois acrescenta-se as folhas secas ou verdes, apaga o fogo, abafa e deixa por 10 minutos.
  • Se o chá for só com ervas secas ou verdes, quando a água levanta fervura, coloca se as ervas todas juntas (uma pitada de cada), tampa, apaga e fogo e deixa em infusão por 10 minutos. 
  • Depois coa, deixa esfriar, guarda na sua embalagem própria e carrega consigo para ir tomando aos poucos. Se trabalha fora, leva para o serviço.
  • O correto é tomar metade da parte indicada na parte da manhã, até as 13h e a outra, na parte da tarde e noite. 
  • Na medida do possível é melhor fazer meio litro de chá de manhã, e a outra metade a tarde. Assim pode conserva mais os princípios ativos do chá. 
  • Pode fazer o chá em uma quantidade de água menor e depois completar o volume indicado com água filtrada. Anda mais rápido e tem a mesma qualidade. 
  • O chá medicinal é sempre sem açúcar.
  • Deve se tomar em média um litro de chá por dia (com o conjunto de ervas selecionado), durante 15 dias. Depois deve se trocar as ervas. Junto com o chá deve se fazer uma correção alimentar para limpar o organismo e garantir a eficácia do tratamento. 
  • O chá precisa ser tomado fielmente, sem interromper, até completar os dias indicados. As ervas tem princípios curativos específicos e exige regularidade para que se efetue a cura. Tem que ser fiel para não dar trégua e combater as doenças.
  • A pessoa precisa ser prevenida para não deixar de fazer e tomar o seu chá durante os dias determinados.
  • O adulto tomará normalmente um litro de chá por dia ou mais dependendo do caso. O adolescente ficará com mais ou menos ½ litro/dia. A criança de colo com até 200 ml.
  • Pessoas que tem problemas sérios nos rins começam com bem pouco chá e a medida que vão melhorando, aumentam a quantidade.
  • Para adultos pode se escolher no máximo 07 plantas. Para adolescentes o máximo de 05 plantas. Para crianças o máximo é 03 plantas. Para crianças de colo o ideal é uma planta.
  • Para ficar mais prático fazer o chá no dia a dia, confecciona se os sachês com o conjunto das ervas, para todos os dias. Para isto pode usar guardanapos de papel.

QUANTO TEMPO PRECISAMOS PARA FAZER UM BOM TRATAMENTO?

O tempo normal para uma cura é de dois meses. Doenças crônicas podem exigir seis meses para um tratamento eficiente; para restauração e fortalecimento do órgão ou sistema danificado. Tudo vai depender da capacidade da pessoa em levar a sério o tratamento, que pode envolver o uso do barro e a dieta.

A grande dificuldade das pessoas está em fazer a dieta. Não fazer a dieta prejudica o tratamento. Grande parte das doenças e da persistência de bactérias no organismo está ligado a erros na alimentação e nos hábitos de vida.

É bom as pessoas fazerem um tratamento constante para ajudar na prevenção de doenças e no fortalecimento do organismo. O uso de chás e terapias medicinais ajudam a desintoxicar e melhorar o organismo; ajudam na prevenção de doenças.

É muito inteligente termos em nossas casas uma farmácia natural e aprendermos a cuidar da nossa saúde como uma “espiritualidade”. Para quem ainda não sabe testar o chá, usa se as ervas cujas propriedades e finalidades são conhecidas, chá bem leve (fraco), sem açúcar e já estará beneficiando o seu organismo.

Pessoas com problemas mais graves de saúde precisam de melhor orientação sobre as ervas, pois elas interagem com os medicamentos no organismo.


COMO FAZER EXTRATO DE PLANTAS E GARRAFADAS

O extrato é uma maneira simples de conservar os princípios ativos das plantas medicinais por um longo período. Como a maioria das substâncias ativas é solúvel em álcool, o extrato é feito com álcool diluído. O álcool indicado pela farmacopeia para fazer extratos de plantas medicinais é o álcool de cereal.

Os extratos podem ser feitos com plantas verdes ou secas, picadas ou trituradas e ainda, com qualquer parte da planta: raiz, caules, cascas, folhas, flores, sementes, frutos.
O material de toda e qualquer parte da planta deve ser partilhado ao máximo.    Não é bom fazer extrato de material que esteja em pó.

O extrato é feito com álcool de cereal. O álcool e a água precisam ser de boa qualidade. O álcool é um solvente. Os princípios ativos da planta passam para o álcool. O álcool é que se torna o remédio.


EXTRATO DE PLANTA SECA

O extrato de planta seca é feito com a proporção:  70% de álcool + 30% de água. Para um litro coloca se 70% de álcool e 30% de água.
·      1.000ml: 1litro=  700 ml de álcool +  300ml de água;
·      500ml: meio litro=  350ml de álcool + 150ml de água.

Primeiro coloca o material (bem partilhado) dentro de um vidro esterilizado. O álcool tem que cobrir totalmente o material. O material deve ser bem tampado. Coloca se o rótulo com a identificação da tintura e a data do preparo.

O procedimento é o mesmo para fazer o extrato de raízes, caules ou folhas.

O preparado deve ficar curtindo ou macerando em local escuro e em temperatura ambiente. Pode se colocar dentro de um armário. Deve se curtir de 14 a 20 dias dependendo do preparado. Deve se agitar o preparado uma a duas vezes por dia neste período.

Ao final do período de maceração o extrato deve ser coado em um pano limpo ou filtro de papel e colocado em vidros esterilizados, de cor escura. Estes devem ser guardados em locais limpos, secos, de temperatura ambiente e longe da claridade.

A validade da tintura seca é de dois anos, em condições de armazenagem adequadas.


EXTRATO DA PLANTA VERDE

Neste caso é utilizado somente o álcool de cereal na sua fórmula comum, ao invés da diluição 70X30. Isso porque a planta fresca possui muita água que será liberada na extração durante a maceração.

A planta fresca deve ser bem limpa, lavada e seca se necessário (porém sem secar). Ele deve ser picada bem miudinha para aumentar a possibilidade de retirada dos seus princípios ativos.
A planta deve ser colocada num vidro esterilizado. E sobre ela despeja se o álcool até que fique completamente coberta. O vidro deve ser bem tampado. Coloca-se um rótulo com a identificação e a data do preparo. Esse preparado deve ficar em um local escuro e seco por 10 dias.

Deve se agitar a o preparado uma a duas vezes ao dia, durante todos os dias.
Ao Final do período de maceração, a tintura deve ser coada em um pano limpo ou filtro de papel. Depois de coado, o extrato deve ser guardado em um vidro escuro, em local seco e escuro. Se ficar exposto à luz, o extrato perde suas propriedades rapidamente.
O extrato de planta seca tem validade de dois anos.  Extrato de planta verde tem validade de um ano.

Qualquer tipo de extrato pode ser usado na forma de gotas, diluídas em água fria, para uso interno ou em pomadas, unguentos e fricções para uso externo.

IMPORTANTE:

Hoje se usa o extrato de plantas medicinais, visto que ele tem menos teor alcoólico que a tintura.

Para montar uma garrafada juntam se as ervas com princípios ativos afins para o problema a ser tratado, e faz um extrato conjunto.

EXTRATOS DE PLANTAS MEDICINAIS.

O extrato pode ser feito de especiarias medicinais e das mais diversas plantas. Pode se usar rizomas, raízes, cascas, cipós, folhas, flores e até frutos. Tudo depende de pesquisas e também de experiências.

As ervas medicinais tem imenso poder de cura, mas é necessário levar o seu tratamento a sério. Não interromper o tratamento após ligeira melhora, mas cumprir todo o tratamento previsto e não abandonar a dieta. Caso contrário a doença volta e fica mais difícil combate-la

Podemos fazer extratos de: alfavaca, canela, copaíba casca, gengibre, limão, jatobá casca, terramicina, açafrão, beldroega, alfazema, cravo de defunto, feijão guandu, perpétua roxa, quitoco, salsa, vassourinha, avenca, folha de fumo, urucum, agrião, canela, limão, vick, alho, limão, sálvia, casca de abacate, araticum, arnica, guiné, nós moscada, sensitiva, graviola casca, boldo e tantos outros conforme a necessidade da pessoa.

CONCLUSÃO: para quem pode tomar extrato, seu uso é mais prático do que o chá, sobretudo para quem trabalha fora de casa. Para quem tem diabetes ou não pode com álcool, pode se fazer o extrato com glicerina.


COMO SE PREPARA UMA POMADA

As pomadas são preparados feitos com substâncias gordurosas e plantas medicinais ou tinturas. Pode-se acrescentar cera de abelha, que contribui na cura e deixa a pomada mais cremosa.


Base da pomada:

  • Substância gordurosa ( banha vegetal, óleo, vaselina, lanolina)
  • Planta medicinal ou tintura
  • Cera de abelha
Pode se acrescentar: gotas de própolis ou canfora em bolinhas.
Use sempre gotas de óleos essenciais para dar um aroma agradável a pomada e amplificar o seu efeito.
Pomada feita com vaselina dura 06 meses. Pomada feita com gordura dura 03 meses.

Nas pomadas caseiras  você pode usar gordura animal ou gorduras vegetais. As plantas passam suas propriedades medicinais para a gordura. Para facilitar o uso, escolha gorduras vegetais que se mantenham durinhas à temperatura ambiente.
Com uma fórmula básica de pomada, você poderá fazer todas as pomadas, para as mais diversas finalidades e porções.  O modo de preparar segue um padrão básico.

Podemos fazer pomadas para curar diversos tipos de problemas: feridas e cortes (como cicatrizante e anti-inflamatório), contusões, hematomas, queimaduras, reumatismo, dores musculares, tumores, abcessos, rachaduras nos pés, erisipela, flebite, úlcera varicosa, sarna, lepra, lúpus, cobreiro, unheiro e câncer. 
No caso de ser usada tintura, a pomada não deve ser fervida. Derreter a gordura antes, depois acrescentar a tintura e a cera de abelha, mexendo até esfriar.

MANEIRA DE PREPARAR  A POMADA:

Ø As plantas verdes precisam ser colhidas antes do sol esquentá-las e murchá-las.
Ø Se for usar ervas verdes, colocar duas porções a  mais do que as ervas secas, pois as ervas secas são mais concentradas;
Ø Lavar, secar, picar as plantas;
Ø Fritar as ervas com a gordura ou óleo escolhido, em fogo baixo, mexendo com uma colher de pau, até ficarem crocantes. Se for usar a banha, derrete-la em fogo baixo.
Ø  Começar a fritar primeiro as cascas sempre e ir apertando para sair a essência da planta.
Ø  Colocar as demais ervas e fritar ate ficarem crocante.
Ø  Deixar refrescar um pouco e coar, passando para outra vasilha esmaltada, onde já esteja a cera de abelha ralada ou a parafina;
Ø Voltar ao fogo  mexendo sempre até derreter bem a cera;
Ø Desligar o fogo e continuar mexendo até adquirir a consistência de pomada;
Ø Deixar esfriar um pouco e armazenar em potinhos para pomadas;
Ø Só tampar depois de esfriar e coalhar bem.

MODO DE APLICAR A POMADA:

Lavar bem a ferida com sabão caseiro e água morna. Desinfetar a ferida com uma substância se for necessário;
Enxugar a ferida com um pano branco esterilizado (pano bem lavado, passado a ferro bem quente e guardado em vidro fechado). Não usar gaze.
Colocar a pomada sobre um pano esterilizado e aplicar diretamente sobre a ferida.
As aplicações devem ser feitas duas a três vezes ao dia, e principalmente à noite antes de deitar.
Fazer uso da pomada até as feridas ficarem totalmente curadas.
A aplicação da pomada em regiões onde a pele não tenha problemas complicados, deve ser feita em forma de massagem, pois a massagem ativa a circulação e ajuda na absorção do medicamento.

COMO FAZER POMADAS - BASE

·      500 gramas de uma gordura de boa qualidade (azeite, vaselina, óleo de cocoóleo de amêndoas ou de semente de uva, por exemplo),
·      3 colheres de cera de abelha 
·      20 % deste volume em plantas escolhidas (100 gramas).
·      Uma porção de cânfora.



POMADA MILAGROSA: CICATRIZANTE PARA FERIDAS PERSISTENTES E CANCEROSAS

  • Uma xícara de óleo ou banha vegetal
  • 50 a 100gramas de cera ou de parafina
  • Um punhado de tansagem, mil em rama, erva lanceta, malva, flores de sabugueiro, calêndola, camomila, barbatimão, ipê roxo. Você escolha as ervas mais apropriadas para a pomada que se quer fazer.

POMADA PARA CANCER

§ Uma xícara de óleo de linhaça
§ Uma xícara de banha nova
§ 100gramas de cera de abelha para dar consistência;
§ Uma folha de babosa, um pedaço de tuna (20cm);
§ Uma raíz de gengibre;
§ Uma batata cará;
§ Um punhado de folhas de muçurum, cardo sando, calêndolas, arnica

Bater tudo no liquidificador, menos a  cera, e cozinhar.
Depois acrescentar a cera para dar consistência.

Passar duas vezes no local afetado.

POMADA – ESPECIAL

Ø  1K de banha vegetal;
Ø  Uma xícara de cera ralada de abelha.
Ø  Duas panelas de louça;
Ø  Uma colher de pau;
Ø  Ervas selecionadas e limpas de acordo com a pomada que se quer fazer: Babosa, casca de ipê roxo, casca de barbatimão, calêndola (limpar tudo muito bem e picar).

POMADA MILAGROSA – Receita de Aparecida de Fátima

·  01 quilo de banha de porco;
·  Duas a quatro velas;
·  Ervas: palma ou cactos, tansagem, confrei, saião, sabugueiro, balsamo,  calêndola folhas e flores, mil em rama.

Colocar as ervas na banha de porco e fritar até ficarem crocante. Retirar do fogo e coar.

Voltar ao fogo, colocar quatro ou mais velas, derreter bem e retirar os pavios;

Mexer com  uma colher de pau até esfriar. Embalar nos potinhos apropriados antes da pomada endurecer.

POMADA MILAGROSA  -  BASE -  PASTORAL DA SAÚDE

  • 500 gramas de óleo de girassol . 
  • Uma colher de cera de abelha.
  • Uma porção de cada erva  picada: Malva, calêndula, confrei, tansagem e picão ou outras

POMADA MILAGROSA -IRMÃ MARIA ZATTA

01 kilo de banha de porco;   100 gramas de cera de abelha; Ervas afins.


POMADA MILAGROSA

  • Uma xícara de banha de porco
  • 100gs cera de abelha;
  • Uma porção de cânfora.
  • Uma porção de cada erva escolhida de acordo com a finalidade da pomada (±20 do volume da pomada).

POMADA – BASE

  • Um litro de óleo de cozinha
  • 200 gramas de cera

POMADA BASE

  • 500ml de azeite de oliva, óleo de coco ou outro;
  • 03 colheres de cera de abelha

POMADA BASE:

  • 1K de vaselina sólida ou gordura animal;
  • 03 colheres de sopa de cera de abelha;
  • 100gramas de plantas medicinais

Colocar as plantas com a vaselina não derretida. Levar ao fogo brando para fritar, por ± 10 minutos.
Fritar em fogo baixo.
Coar em peneira metálica;
Colocar a cera preparada e voltar ao fogo até derreter. Mexer bem.
Embalar a pomada e levar a geladeira para endurecer

POMADA COM TINTURA –UF/VIÇOSA –
  • 30 gramas de cera de abelha;
  • 30 gramas de vaselina
  • 30 ml da tintura da planta medicinal escolhida;
  • 10 gotas da tintura de própolis.

Ø  A vaselina e a cera devem ser dissolvidos em banho maria, em uma panela esmaltada ou de vidro.
Ø  Depois que a cera estiver derretida desliga se o fogo, mantendo se a panela em banho maria, batendo sempre a mistura.
Ø  Adicione a tintura e bata vigorosamente.
Ø  Retire a panela do banho maria,  e continue batendo sempre até esfriar  e a mistura adquirir consistência de pomada/creme.
Ø  Por último pinga se as gotas de própolis misturando bem.
Ø  A pomada está pronta para ser guardada em potinhos esterilizados e bem tampados.

POMADA BASE COM TINTURA:

Ø  25 gramas lanolina;
Ø  25 gramas vaselina sólida;
Ø  05 ml tintura de calêndola;
Ø  03 ml tintura de própolis;
Ø  Misturar por parte para incorporar os ingredientes.


POMADA PARA DORES MUSCULARES FEITA COM ÓLEOS ESSENCIAIS

  • Meia xícara de óleo essencial de coco não refinado ou óleo de jojoba;
  • Duas colheres de chá de cera de abelha;
  • De dez a vinte gotas de óleos essenciais - aqui depende do quão forte você quer que fique a sua pomada.
  • Um recipiente para armazenar (potes de vidro servem bem a esse propósito).

Misturar óleos de menta, eucalipto e melaleuca são mais recomendados para tratar de músculos;

Modo de preparo

Numa panela, esquente o óleo de coco e a cera de abelha. É recomendado usar a técnica de banho-maria. Misture bem - e não pare de mexer! - até que tudo esteja bem derretido e uniforme. Adicione as gotas dos óleos essenciais - para dores mais fortes, recomendamos que aumente as quantidades do óleo de menta. Continue mexendo até misturar tudo e, ainda quente, despeje o conteúdo dentro do pote. Deixe o creme esfriar (pode até colocá-lo na geladeira). O creme endurecerá, mas ficará líquido em contato com a pele.

Apesar de conter menos químicos, é sempre bom ir começando de pouquinho em pouquinho ao usá-lo na pele para verificar a reação do corpo para com as substâncias. Rápido de ser feito, o creme pode ser armazenado por até seis meses desde que mantido em um local seco e fresco. É eficaz contra dores e tensões musculares, além de contusões e dores nas articulações.

POMADA DE CALÊNDOLA

Ø  1 litro de óleo de girassol;
Ø  O fundo do prato de cera de abelha picada;
Ø  80 gramas de calêndula seca;
Ø  Potinhos esterilizados.
Colocar o óleo para aquecer em fogo baixo.  Por a calêndula e deixar fritar até ficar bem sequinha.
Por a cera de abelha e desligar o fogo. Por nos potes e guardar na geladeira.
Validade: seis meses

POMADA DE PRÓPOLIS:

Ø  10 gramas de vaselina sólida;
Ø  05 ml de própolis;
Ø  2,5 ml de óleo de girassol.

Misturar tudo

POMADA DE CAROÇO DE ABACATE:

Ø  1 litro de óleo de girassol;
Ø  4 caroços pequenos de abacate;
Ø  4 pedras de cânfora pequenas.

Fazer igual a pomada de calêndula. O fundo do prato de cera de abelha. Picar as pedras de cânfora na vasilha que for coar.

Validade 3 meses


FERIDAS - Pomada para tratar processos inflamatórios e infectados:
·      Tansagem (que tem ação antibiótica e anti-inflamatória)
·      Confrei (antibiótica e cicatrizante)
·      Mil em ramas (analgésica)
·      Calêndula (cicatrizante e regeneradora da pele)
·      Babosa (regeneradora dos tecidos, antifúngica e antibacteriana)
·      Bardana (regenerativa e cicatrizante)
·      Erva-baleeira (antisséptica e cicatrizante)


DORES EM GERAL: arnicaalho e gengibre; arnica; bardana; mil em ramas; tansagem.

POMADAS PARA PELE:  confrei, malva, aroeira, melão São Caetano e outras.
Extratos e vaselina.  Levar ao fogo em banho Maria mexendo sempre com colher de pau.

HEMORRÓIDAS E VARIZES: erva-de-bicho, da maravilha, da babosa e das couves (galega, repolho e couve-manteiga).

Quando usar babosa nas suas pomadas, só use o gel interno da folha, retirando a casca e os espinhos, claro.



ESPIRITUALIDADE DA SAÚDE

Eu vim para que todos tenham vida. Que todos tenham vida plenamente (JO 10,10).


Hermógenes, professor de Hatha Yoga afirma: “a saúde está intimamente ligada a felicidade.
E a condição absoluta da felicidade está na união com Deus”.  Quem a realiza não estará sujeito a alternância de ventura e desventura.”.

Se nós estamos em sintonia com o criador, tudo é harmonia, paz, felicidade, saúde.  Enquanto houver sintonia entre o Eu e o Criador, viverei em paz, feliz, saudável.

É no corpo que experienciamos a vida, o sagrado, Deus em nós.   É no corpo que sofremos as consequências dos nossos erros.

Para Eduardo Bach: Todos nós temos dentro de nós toda a perfeição. A nossa alma sabe tudo o que nós precisamos fazer para realizar as coisas certas.  E todas as doenças são causadas por conflitos entre a nossa personalidade e a nossa verdadeira natureza espiritual (Eu superior).

A doença é o desequilíbrio entre o nosso ser e o plano do criador sobre nós.  A diferença que há entre o comportamento que eu sei que é certo e o comportamento que eu  faço, essa diferença é que origina a doença.

A doença é o resultado de Conflitos entre aquilo que eu faço versus aquilo que sou chamado a fazer (aquilo que é a verdade mais profunda de Deus em mim; a expressão do Deus que me habita; aquilo que eu sou chamado/a a ser).

A DOENÇA ACONTECE QUANDO:

·    A criatura se separa do criador;
·    Saímos fora do caminho que o criador traçou para nós; 
·    Eu não sigo o chamado mais profundo de Deus sobre mim mesmo/a.

    Toda doença física tem uma causa emocional. Se abolirmos apenas o sintoma físico, a doença pode voltar com  mais intensidade.  A pessoa que possui desamor por si própria, baixa estima, frustrações, insatisfação para a qual ela não acha solução, a doença virá como uma forma de escape.  A pessoa incapaz de resolver de forma satisfatória os seus conflitos, tais conflitos irão desaguar no corpo num processo de somatização (alteração física decorrente de sofrimentos psíquicos).

   Em regra, as pessoas adoecem porque tem necessidade de adoecer.  A doença para muitos é uma necessidade que o indivíduo tem e é uma opção de vida embora inconsciente.  O tipo de doença com que cada um adoece está ligado à confluência de diversos fatores, mas principalmente aos seus conflitos interiores e a sua forma de lidar com eles, isto é, os mecanismos de defesa de que a pessoa lança mão.

    A doença, muitas vezes, é um mecanismo que a pessoa cria para sua defesa, sua autoproteção, para conseguir afeto, compensar uma perda ou frustração, compensar a falta de realização pessoal, manter o controle das coisas ou para não enfrentar a verdade sobre si mesma.

Ø  A doença é uma válvula de escape para fugir dos conflitos internos que a pessoa não consegue resolver, ou melhor, não consegue ver.
Ø  A pessoa adoece por incapacidade de exprimir, exteriorizar o seu sofrimento, de forma adequada.  Adoecendo ela será compreendida e receberá apoio.
Ø  Outros adoecem para adquirir as vantagens que a doença traz consigo.  Ao adoecer a pessoa regride, volta as ser criança passando a ser objeto de afeições e carinho especiais.  A doença é uma boa chance de ter um repouso gostoso na cama.
Ø  A pessoa doente fica isenta de responsabilidades sociais normais. Pode não precisar ganhar o seu sustento, não precisar trabalhar e ainda recebe a indulgência social.

    É muito importante o “como a pessoa lida com as suas perdas e frustrações”, tantos as grandes, como as micro perdas cotidianas.  As perdas e frustrações representam sempre, embora com intensidade variável, uma sobrecarga para a pessoa.

    Se essa sobrecarga atinge uma pessoa enfraquecida, que não se preza, sem consistência interior, o resultado, com o tempo, será a doença psíquica e orgânica.  Isso se a pessoa não tiver forças para redirecionar e redimensionar a sua vida.

    A doença é um aviso da nossa alma de que estamos no caminho errado e, que precisamos mudar para um caminho de perfeição, no amor. Toda doença pede uma mudança.  Se corrigíssemos  os erros que cometemos, não passaríamos pela lição da dor, não adoeceremos.  A doença deve fazer nos voltar ao criador.

  O conflito, o sofrimento, a doença, indica que estamos impedindo o nascimento de um novo ser, mais pleno, que pulsa dentro de nos.   A doença alerta que o  homem velho em nós precisa morrer para a ressurreição de um homem novo, transfigurado (Eu), mais parecido com Jesus Cristo. Quando mais resistirmos ao nascimento deste novo eu, amoroso e pleno, mais acentuaremos o sofrimento e a dor.

    A cura exige conversão. A pessoa é o agente de sua própria cura. A pessoa precisa querer curar-se. Precisa mudar os hábitos errados de vida que trazem as doenças. Precisa caminhar para a plenitude da vida.  Só a pessoa pode curar-se libertando suas energias interiores e profundas:
  • Para o dinamismo da vida;
  • Para a força amorosa do Deus amor (princípio da harmonia universal) que nos habita e nos conduz;
  • Para a nossa imagem e semelhança com Deus.
  • Para o Espírito que nos aquece, nos ilumina e nos dinamiza;
  • Para o Cristo que é em nós e nos conduz para a plenitude humana e divina.
    Assumir o compromisso com a cura, com a saúde é dizer um profundo SIM a DEUS, à vida, abrindo o mais profundo do seu coração numa conexão amorosa com Deus, com os seres humanos, com toda criação, desatando assim os nós que geram as doenças.

   Só a pessoa pode liberar o seu interior para gozar de plena saúde e paz. O que deve ser curado é a nossa alma. É a nossa própria vida.   Somente assim poderemos dar o nosso profundo Sim à vida, à Deus, ao amor. 

    Até que Cristo se forme em nós.  Em mim, em tí, em nós.

Viva a nossa integração com o criador, com toda criação,  com todas as criaturas! 
Viva a harmonia!  Viva a vida! Viva a saúde!
“Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham com abundância”. (João 10,10)





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